Apresenta a arte da tapeçaria por
AMIR E DAIANE SHAHROUZI

Amir e Daiane Shahrouzi.

A campanha do Preview A/W 25 foi clicada na Botteh, loja de Amir e Daiane Shahrouzi em São Paulo, um lugar autêntico que nos transporta por histórias e culturas através de tapetes feitos à mão. Amir, natural de Teerã, se mudou para o Brasil há 22 anos, onde conheceu Daiane. Juntos, começaram do zero o negócio em São Paulo. Confira a seguir um papo com o casal sobre a trajetória deles até aqui!

BB. O que mais fascina vocês no universo da tapeçaria?

Daiane e Amir. “Somos apaixonados por produtos de qualidade feitos à mão — o design, os materiais, a cultura por trás de cada peça... É um universo! Um oceano de possibilidades a serem descobertas.”

BB. Como suas viagens influenciam o seu trabalho e o desenvolvimento dos tapetes?

Amir. “Minhas viagens de negócio que me levam a países como Índia, Nepal, Paquistão, Irã e Turquia, além de feiras internacionais nos Estados Unidos e na Europa. Visito produtores, participo do desenvolvimento de produtos, discuto detalhes, faço escolhas e tenho contato com diferentes culturas e povos. É uma parte fascinante do meu trabalho!”

BB. Na opinião de vocês, quais são os três tapetes mais icônicos do mundo?

Amir. “São muitos, mas alguns dos mais famosos são o Pazyryk, o mais antigo do mundo, e os tapetes nepaleses e os tibetanos, que superam em modernidade. Meus xodós são tapetes antigos que garimpei, feitos para uso próprio, com imperfeições, mas que carregam muita história. Na Botteh, trabalhamos com tapetes feitos à mão e temos respeito por todos, dos mais simples aos mais elaborados.”

BB. Quanto tempo leva para produzir um tapete feito à mão?

Amir. “Pode variar de dois dias a até dois anos, dependendo da complexidade, especialmente nos tapetes de seda, que exigem um trabalho mais detalhado."

Campanha Preview A/W 25 clicada na Botteh.

Campanha Preview A/W 25 clicada na Botteh.

A arquitetura de Varanasi, na Índia.

BB. Qual o papel da tecnologia no processo de produção dos tapetes, considerando a tradição artesanal?

Amir. “A tecnologia auxilia no desenho e na captação de materiais, mas a tecelagem ainda é em grande parte artesanal. As famílias que mantêm essa tradição milenar passam o conhecimento de geração em geração. Algumas pessoas seguem a tradição, enquanto outras saem para estudar e modernizar o negócio.”

BB. Qual é o significado de Botteh?

Amir. “Botteh é o nome de um símbolo, conhecido aqui como 'cashmere', que tem o formato de uma gota, representando o cipreste que se curva, mas não quebra — uma resiliência enorme."

BB. Como surgiu a ideia das collabs com artistas contemporâneos, como o projeto Trans.bordar?

Daiane. “Surgiu da vontade de conectar tradição e modernidade, unindo esses universos da melhor forma.”

Tapetes da cidade indiana, famosa pela tradição artesanal.

BB. Como foi o processo de criação do projeto da flagship da Botteh?

Amir. “O processo de criação foi ótimo, e me apaixonei por arquitetura. A escolha do arquiteto Felipe Hess foi muito assertiva. Passei um briefing claro: 'Quero um prédio moderno com toque oriental.' Tiveram desafios, mas ele se saiu muito bem."

BB. Como é a relação de trabalho de vocês, como se dividem e se completam?

Daiane. O Amir mergulha de cabeça nas ideias e não sossega até implantá-las, enquanto eu fico mais com os pés no chão, ajudando a dosar. Ele sempre foi muito visionário. Discutimos tudo juntos, mas ele cuida da parte internacional, do desenvolvimento, das viagens. Eu também participo da estratégia de vendas e do relacionamento com os clientes. Nos completamos bem nesse processo.”

BB. Como esse processo tão colaborativo ecoa na empresa?

Daiane. “O comprometimento dos colaboradores com a empresa, e o nosso com eles: somos um time, uma família. Isso é o que nos diferencia. Não crescemos sozinhos; somos um time, de fato. Ajudamos uns aos outros, como uma família, e o clima é muito positivo. Temos colaboradores que estão conosco há muitos anos e que, além de competentes, são pessoas de confiança."

A Botteh está há 15 anos no mercado, e atua em parceria arquitetos brasileiros renomados. Além de São Paulo, tem filiais em Belo Horizonte, Curitiba e Balneário Camboriú. Hoje, tem mais de 100 funcionários.

Saiba mais em www.botteh.com.br